O encontro teve como tema “As trocas e vivências entre essas mulheres pretas e seu protagonismo como autora da sua própria história”, e reuniu mulheres indígenas, marisqueiras, baianas de acarajé, pescadoras, entre outras categorias, que, em seu lugar de fala, destacaram pontos relevantes da sua cultura, valores e vivências. O encontro teve como objetivo evidenciar o protagonismo delas, através da trajetória e os aspectos político, cultural, identitário e comunitário.
A superintendente de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Aline Santos de Oliveira, ressaltou que o compartilhamento de saberes é responsável também por fortalecer a luta de promoção da igualdade racial. “Possibilitar essa vivência é tirar um momento para ouvir a outra e mostrar que estamos juntas na luta contra o preconceito e todas as formas de opressão contra a comunidade negra, sobretudo das mulheres.”
O debate reforçou a importância de dar vez e voz às mulheres negras. Janete Santos, coordenadora da pasta de combate e discriminação racial de Camaçari, avaliou que a reunião valoriza e mostra a importância dessa união. “A partir da desconstrução da separação que o nosso povo foi obrigado. Hoje, aqui, a gente desfaz esse trabalho do passado e mostra que estamos juntas para discutir nossas pautas”, afirmou.
Além da roda de conversa, o encontro contou com roda de samba e participação das beijuzeiras de Areia Branca.
O Julho das Pretas em Lauro de Freitas conta com uma série de atividades durante todo o mês, a exemplo da apresentação de vídeos de mulheres negras residentes no município, que falaram sobre fatos marcantes da sua existência; além da realização de lives, rodas de conversas, feiras culturais e intercâmbios de mulheres pretas de cidades circunvizinhas.
(Fonte: Pref. de Lauro de Freitas/Imagens: Lucas Lins)
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