O dia 21 de Março é a data do combate ao racismo no mundo. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1960, em memória ao violento massacre ocorrido na cidade de Shaperville, quando estudantes africanos protestaram contra o regime do Apartheid.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que 54% da população brasileira é negra. E de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2016, mostram que mulheres brancas recebem 70% a mais que mulheres negras.
Mas qual é a história por trás do dia 21? Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.
A data mundial instituída pela ONU gera há cada ano, um tema relevante para a discussão e disseminação de informação e o dever moral cível da sociedade de compreender e respeitar o enfrentamento ao racismo na sociedade em que vivemos.
Sra. Navanethem Pillay, Alta Comissária para os Direitos Humanos, no Dia da Eliminação da Discriminação Racial de 2010. O tema do ano em questão foi “Desqualificar o Racismo”.
Todos os anos, o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial tem um tema específico. Acompanhe os temas que já foram abordados em todos esses anos de celebração da luta pela igualdade e combate ao racismo:
- 2010: Desqualificar o Racismo
- 2014: O papel dos líderes no combate ao racismo e à discriminação racial
- 2015: Aprendendo com as tragédias para combater a discriminação racial hoje
- 2017: Perfil racial e incitação ao ódio, inclusive no contexto da migração
- 2018: Promoção da tolerância, inclusão , unidade e respeito pela diversidade no contexto do combate à discriminação racial
- 2019: Atenuando e combatendo o populismo nacionalista crescente e as ideologias de supremacia extrema
- 2020: Reconhecimento, justiça e desenvolvimento: A revisão intercalar da Década Internacional para Afrodescendentes
Nós do Blog Mulheres Empoderadas, recomendamos o livro de Angela Davis: Mulheres, Raça e Classe, que aborda o racismo, o feminismo e o movimento antiescravagista.
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